As síndromes coronarianas agudas são causadas por um súbito bloqueio do sangue fornecido ao músculo cardíaco. A intervenção coronariana percutânea é frequentemente utilizada para a síndrome coronária aguda, mas o tipo de stent é motivo de divergência na literatura e em diversas recomendações devido a diferença de custo entre a opção farmacológica e a de metal (não-farmacológica). A discussão sobre a custo-efetividade da alternativa farmacológica é ainda mais incerta no caso de angina estável ou doença arterial crônica, pois a alta prevalência dessas condições faz com que a utilização de alternativas mais custosas seja mais onerosa para o sistema de saúde.
Com base em resultado de uma revisão Cochrane com alta qualidade metodológica, esta síntese de evidências identificou que, em pacientes com síndrome coronariana aguda, a utilização de stent farmacológico pode levar a menos eventos adversos graves, sem aumentar o risco de mortalidade por todas as causas. No entanto, ressalta-se que a certeza da evidência foi considerada de baixa certeza devido a imprecisão das estimativas e ao alto risco de viés de performance dos estudos incluídos. Portanto, estudos futuros podem mudar substancialmente esta recomendação.
O NICE recomendou a utilização de stents farmacológicos para pacientes com síndrome coronariana aguda. Para pacientes com angina estável, a recomendação foi condicionada ao tamanho da lesão (1) a artéria alvo possuir < 3mm ou a lesão possuir >15mm; e à aproximação de custos entre a alternativa farmacológica e de metal. Por fim, devido à alta prevalência da condição, a recomendação desta intervenção deve considerar aspectos econômicos para garantir a eficiência do sistema de saúde.